the end
já falei aqui de algumas coisas... umas porque sim, outras por urgência de mim... mas, sempre que aqui vinha, não falava sobre... e não fui falando... falava de outras coisas sem importância sequer ou pelo menos sem tanta importância, ou então com muito mais importância... depende de muita coisa depende de tudo... de à uns tempos para cá, foi crescendo a vontade, e a consciência que o não falar poderia querer dizer muito, ou tudo... pensava fazê-lo... já não o vou fazer... para sempre... morreu... ninguém morreu, o mundo continua igual... mas eu não... fica a vontade de falar sobre o que já não existe... na verdade tudo o que existiu oficialmente nunca existiu a partir talvez de ontem ou hoje, ou talvez até antes mas sem a minha consciência disso... que importância têm???? nenhuma, não existe!!! toda, mas não existe!!! e então cai o peso da idade, de sermos quem somos como somos e continuarmos a ser... mas eu sei que algo que não existe é muito em mim para eu ser exctamente o mesmo... depois, todas as coisas do agora condicionam a percepção das coisas, da coisa, do desfalecimento, da morte, do que nunca se assumiu para além de espaços fisicos e outros... e eu terei e serei o mesmo... como é possível??? sermos exactamente os mesmos perante a morte do que nunca existiu??? é de loucos... é absurdo.... deixar cair os Revelry e os I want you da vida para erguer os Betterman tão pesados que até custa a respirar e nos faz ansear pelo espaço.... os campos ou o mar...
por vezes acho que as coisas não deviam ser assim... é demasiado duro dar sempre tudo e mais... mergulhar sempre mais fundo, saltar sempre mais alto, correr sempre mais depressa... sei que ninguém entende, sei que ninguém saberá, sei que não o direi assim, mas peço para um dia morrer em vez de desvanecer...