que luz
simplicidade... terrenas ou efémeras ou lindas... serenas ou ternas ou lindas... sereis eterna e linda... passo... passo sempre... e vejo... cobiço... e conquisto... desejo e está visto... que também me deixo... mas não há... como parar como eu paro... como quedar-me em queda... livre e sem chão que me despedace ou ampare... não sei... nunca saberei... que de tanto e tudo saber... nunca saberei ser como fui... porque falta... e então segue... como seguirei... e atrevendo-me por aqui por ali... a quedar-me... pode ser um pulso... ou tom rosa... um ponto... ou uma série de reticências... uma galáxia de reticências... um arco de reticências por vezes íris e de ouro confiscado e gasto... ou gastado... desgastado... como eu... sempre mais... sempre ausente na presença... sempre presente na ausência de mim... e poderiam pessoas do mundo pensar que eu sou especial... não sou... sou ser... sou banal... mas tão mais especial do que possam pensar (pessoas do mundo)... do nada sou tudo... e tudo o que fui foi tanto que nunca serei mais nada, mas seria tanto mais que poderiam as tais estarrecer de tanto tanto... é uma luz... não coisa que brilha e não brilha... não negra como nos filmes e tal... é uma luz... serena... terna... eterna... linda... que nunca me deixará descansar...
https://www.youtube.com/watch?v=5XMADBiRBiQ