eu estou aqui... onde nunca me vais encontar...
Tenho pensado em imensas coisas... coisas dessas algumas bem fixes para se falar sobre... outras mais minhas... eu não quero chocar, ou estar sempre na vanguarda dos dizeres ou do sentimento... eu não preciso de ser tudo a toda à hora... eu vivo cada vez mais a liberdade dos outros, de forma a ser livre também... eu dou o espaço, ou pelo menos não faço do vosso espaço o meu... ou pelo menos não em consciência... a forma mais fácil de não estar onde me querem encontrar é estar aqui só em mim, e guardar-me... a verdade vem sempre ao de cima... e quem vem por bem e por mal há-de sempre de vir também... e eu aqui... não vou atrás mais do que me permito... e se vou, volto e fico... porque o pior desgosto é o desgosto de não sermos donos de nós.. estarmos sujeitos ao sabor dos desejos dos outros... sem querer que estejam e vivam ao sabor dos meus desejos... eu fico aqui... volto a dizer que as pessoas não têm a capacidade de me iludir para além do que permito... a forma inocente e informal em corpo de Diabo não cola... e depois junta-se a vontade de comer com a fome... e eu com isso... e as formas de expiação são apenas confirmações do que desconheço... e desconheço de forma pacífica pois muito antes de deixar de ser pacífica já nem minha era sequer... pois, chega a um ponto da vida, destas vidas em particular, como a minha por exemplo pode ser exemplo, em que mais do que sofrer ou deixar de sofrer, existe o ganhar ou perder, ou sair por cima... ou não sair, ou cabisbaixo, ou apenas sem o gostinho saboroso da vitória, muito mais do que o da vingança, que esse a mim particularmente não-me sabe muitas vezes... então perante as oscultações eu serei em boa hora, não claro mas clarividente... e com isso distante... e com isso diferente... apenas noutro patamar... noutro comprimento de onda, para utilizar a expressão dos jogadores... eu não posso perder o que nunca joguei, eu não posso perder o que nunca foi meu... e o abismo da falta de sentido de posse arrasa qualquer jogador de outros campeonatos... eu não sou superior a ninguém, no sentido lato do termo, não tenho em mim o desejo ou pretensão de subjugar os outros através da minha esperteza e caprichos que daí possam advir, mas claro que sou muito superior a quem ache possível fazer de mim peão ou mesmo uma peça do mesmo tabuleiro... eu sou tão simples em mim, que em ti (neles) sou demasiado complicado para que um dia possas sequer imaginar quem sou... a resposta à pergunta "onde andará vossa excelência?" encontra-se na própria pergunta...
http://www.youtube.com/watch?v=VbbFiHlW0uw