venho aqui hoje e agora, como já vim umas tantas outras vezes, mas não tenho vindo nos últimos tempos... ou seja vir escrever quando tenho tudo para fazer, sem tempo para o fazer e sem força e vontade provocados pelo cansaço extremo de sol e loucos e tudo... mas na verdade aqui estou... já muito falei deste divisão do mundo em dois em grosso modo... por vezes subdividido em muitos, mas fiquemos pelo forte, pelo essencial... podia eu ter vivido a vida de duas formas e já seria uma grande experiência... até terei vivido, mas existe sempre uma parte que parece mais real do que é ou foi e outra que parece mais sonho do que foi (essa já não é)... no meio disso tudo eu continuo a ser tudo... não há nada que não passe por mim e não fique, em gosto... e já é bom...
então eu chego aqui e escrevo o que escrevi, porque queria dizer que eu teria ido a um sítio na madrugada de 11 e teria sido muito feliz.... mas não fui... e irei na noite de 17 a um sítio e serei feliz também... mas não serei o feliz que teria sido se tivesse ido ao sítio da madrugada de 11... e se tivesse ido ao sítio da madrugada de 11 até poderia ir ao sítio da noite de 17 e ser feliz, mas nunca feliz como o feliz de ir ao sítio da noite de 17 sem ter ido ao sítio da madrugada de 11...
quer dizer que eu sou sempre feliz vá a onde vá... e os outros também serão... irem eles onde forem... mas na verdade nem todos serão felizes comigo...
às vezes ponho-me a pensar que gostava disto ou gostava daquilo, se isto ou aquilo... não dá, não há ses nem há gostos...
é fatal como o destino... está traçado!!
e depois há outras merdas... como uma filha que tem saudades de um pai... e quem diz filha diz filhos... 2 ou 3 ou muitos... e quem tiver filhos que têm saudades do pai bem pode não ir a lado nenhum sem eles que será sempre feliz...
eu terei sempre saudades da minha avó... mesmo quando tenho a sorte de a estar a beijar e a abraçar estou a morrer das saudades que vou ter...
a vida é simples André...